Poetizando o dia dia

quinta-feira, 31 de março de 2011


Quando queres semea estrelas no meu coração
trasforma ilusão
em mel
que em brilho
acaricia com malicia
furtivos prazeres
Nem só de pranto ou alegria vive cada dia
mas onde ha certeza
que repousa
a harmonia



*estátua o Semeador de Estrelas, Kaunas - Lituânia.

quarta-feira, 30 de março de 2011



Sou segundo plano
na verdade não sou nem plano
sou algo que não sei explicar
me joguei sem saber
onde me encontrava
Vivi
talvez
apaixonei
mas não fiz apaixonar...
será que marquei?

terça-feira, 29 de março de 2011



Hoje um elétrico passarinho camuflado em sutileza bicou meus pés, fiquei em dúvida...será que ele queria me alertar algo?

Ensaio paciência e luto com sabor pois não me falta a vontade de futuro em fina flor. É amuleto que carrego em roto peito cruzando idéias, lembrando dela.

Bem me quer ou mal me quer?

Delicado trato faz morder ao meu favor a sagaz estória de um dia em belo altar poder fazer durar, fazer nevar e alegrar o frio da dor.
Um gole de dissonâncias...

segunda-feira, 28 de março de 2011


Gargalhadas até que se perca o fôlego, reunindo o que ha de mais especial. Fito a gravura em relevo displicente e desliza até o cerne causando espanto ao menos avisado.
Hipnotiza e tinge de vermelho a palma da minha mão.
Já que fujo do óbvio não caio em armadinhas, só mando beijos pelo retrovisor!!! Adormece em prazeres fina observação, o canto de sereia...
Já bati em tais rochedos e bebi o sal da concha que de tão cristalina arrepia, volto a infância quando sinto a fragância do macio algodão doce que derrete no céu da minha boca. Avisando que o essencial nunca perde a glória de nos ver saltando no final...
Só me rendo a encantos!!!


...e em rodas gigantes!!!!

sábado, 26 de março de 2011


Assim eu fico mono, perco folhas em suspiros induzidos, não me acho. Amarga o clímax e causa um certo aperto onde sempre foi folia.
São cartas marcadas em morna situação, não quero dividir,quero divertir...
Inverter a lógica ofuscante que bambeia em muros descascados, em beijos guardados, e plantar balões em cucas anuviadas. Sentir mais uma vez o espontâneo.
Assim não tem respeito, pois o meu jardim tem que regar...de preferência com gostosuras!!

sexta-feira, 25 de março de 2011


O sono espremido em cortinas amareladas dissipa cordialidade, é faca que perfuma com raiar de dia, integrantes de fantasia anunciada.
Doce encontro pingando em conta gotas apenas o necessário, convite a beleza de caminhar ao encontro seu, em brinde reconhecido. E quem quer se molhar?
Em meio a grãos de areia levanto castelos, imaginando o lindo balé de jubartes em céus estrelados.
São coisas que eu sei...

quinta-feira, 24 de março de 2011


O tempo que quero é mosaico fluido, coração na mão...
a dose mais forte do veneno mais belo, a cativa sensação que amanheço. Um beijo torto cheio de vontade, um pedaço desse seu amor.
São nuvens amantegadas fixas em cumes que faço questão de escalar, mesmo que por um vacilo eu perca a chave do meu paraiso, tento em sã consciência ser sublime, mesmo que por um vacilo...

quarta-feira, 23 de março de 2011




É natural...
A fumaça risca o tombo como mosca a zumbizar, traz desapego. Flagela sem licença, deseducada, água densa que escorre pelo ralo.
Batiza em noites quentes mas já é hora de findar...
Me despeço em boa hora, agora tenho razão maior.

terça-feira, 22 de março de 2011



Viagem...

A minha havia começado a muito tempo, mas ainda se encontrava no início. Não que não tivesse obtido resultados e avanços mas o caminho a trilhar era muito longo e desconhecido. Muitas tempestades estariam por vir ainda, mas muitas flores também estamparia.
A cidade refletia em timidez, pois nua era como um campanário escravizado pelo ponteiro das horas. O que mais gostava era da pálida badalada da 1 da madrugada, não por vaidade mas porque era única.
As vezes me sentia exótico, mas só as vezes...a maior parte do tempo era como se tudo o que eu pensasse fosse alheio ao resto, supérfluo...

Eu havia me isolado do bando novamente.

A vida chutada a frente já não me dava escolhas, era preciso continuar, e nesse velho novo destino as tentações eram as mesmas mas a cabeça sorvia a diferença.
Tristeza e alegria a flor da pele conviviam...foi ai que ouvi pela primeira vez um estranho sussuro gritando dentro da minha cabeça e rasgando a minha concentração.Estampou-me o meu avesso:
Coragem Cidadão!!!!


*trecho do livro Cidadão Coragem, a verdadeira estória de um homem comum aos demais.
Um dia eu publico!!!!!!ou não...

segunda-feira, 21 de março de 2011



É bela...passeio em suas curvas de olhos fechados, imaginando sensualidade liberta se esvaindo em singelas demonstrações. O calor que arde do toque da pele inunda meu mundo de sensações, meu corpo ao seu.
Respiro sua lógica, em deleite, tão perto que cega a alma e justa lira a tu pertences, não uma nota mas uma melodia.


Quem diria...

domingo, 20 de março de 2011



Um raio de som me rasga o pensamento...inerte...
A vida me martela ao ouvido e meu corpo não treme, Vibra!!!
Mistério dos campos plácidos, equilíbrio do ser em meio ao afeto a onde me sinto tão calmo.

Ondas e trovoadas de idéias.

O grito...

Meu corpo em movimento constante. Tudo em lembrança vívida! almejada e já obstante do sagrado...Vaso sanguíneo exposto ao mais claro sentimento.

sábado, 19 de março de 2011


São lâmpadas acessas ao amanhecer na espera entrecortada por faróis semi adormecidos, rotineiros. Fugazes passos ao encontro de um trono, tesouro de barro...
Alguém pra desconversar.
Seguindo o fluxo contínuo que nada diz, o perfume de mulher é flor. Em mês de março costuro recomeços, em pálbebras adormecidas que jazem a vontade de me perder.
Continuo assim, pianinho...


*indo pra trabalho deu vontade de escrever...

quinta-feira, 17 de março de 2011


Estou profundamente empenhado em desvendar o mistério das margaridas carnívoras que habitam os corações de quem ama. Dias de chuva e sol contínuos nublam as expectativas de uma resistência, e observando de longe, a hora da vírgula sempre se faz necessária.

Passivo de olhares furtivos a trilha se fecha. Não engulo mais a saliva retrograda de outrora e sim metáforas estilizadas de sentimentos básicos. Queria poder girar mais rápido que o mundo, girar, fazer do incerto momento um piscar de olhos, queria me ver.
Pegando carona na estrada da ilusão a companhia se dissipa em solitude, plena de felinos amansados pelo instinto do ser num encontro de pupilas oníricas, sóbrias.
Se me embriago, já não trago nas mão a falta.  

Varrendo as varandas empoeiradas de dissimulação encontro-me filho, num encanto que me rasga a prosa e salta pela janela distante forjada de miragens. A dificuldade exaltada sufoca a naturalidade de emoções que descem pelo escorregador da minha garganta gasta.
Sei que nunca foi fácil, mas a fecha no peito ajuda a estancar o sangue, se a tirar é falecer, carrego esse fardo.


* escrito entre o "mágico" momento de se montar uma escala para funcionários...

quarta-feira, 16 de março de 2011


Tardes de outono...

Raios sonoros passam longe de perturbar a transformação de uma fotografia onde a infância era pura felicidade, o recreio era eu. Experimentando o frio da calçada, só por diversão como se nada fizesse sentido.
Sorri, sorry...  

Tudo fora o lugar, os melhores dias envolvidos em lembranças coletivas. Um dicionário de gargalhadas emocionantes! Um piscar de olhos pra quem vislumbra do conhecido. O calor de um copo cheio de aventuras. 

Viagem em um papel, tudo escrito.