Estou profundamente empenhado em desvendar o mistério das margaridas carnívoras que habitam os corações de quem ama. Dias de chuva e sol contínuos nublam as expectativas de uma resistência, e observando de longe, a hora da vírgula sempre se faz necessária.
Passivo de olhares furtivos a trilha se fecha. Não engulo mais a saliva retrograda de outrora e sim metáforas estilizadas de sentimentos básicos. Queria poder girar mais rápido que o mundo, girar, fazer do incerto momento um piscar de olhos, queria me ver.
Pegando carona na estrada da ilusão a companhia se dissipa em solitude, plena de felinos amansados pelo instinto do ser num encontro de pupilas oníricas, sóbrias.
Se me embriago, já não trago nas mão a falta.
Varrendo as varandas empoeiradas de dissimulação encontro-me filho, num encanto que me rasga a prosa e salta pela janela distante forjada de miragens. A dificuldade exaltada sufoca a naturalidade de emoções que descem pelo escorregador da minha garganta gasta.
Sei que nunca foi fácil, mas a fecha no peito ajuda a estancar o sangue, se a tirar é falecer, carrego esse fardo.
* escrito entre o "mágico" momento de se montar uma escala para funcionários...